sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Reencontro de Diógenes

Como vocês bem sabem, Diógenes é um cara de sorte. Entre os seus maiores bens, destacam-se as amizades.

Dias desses, ele recebera uma carta. A remetente era uma grande amizade. Na carta, uma ótima notícia. Inesperada, para melhorar. Tratava-se de um reencontro. Por isso, chovia muito. Mas logo parou...

Pensou, pensou, pensou...e decidiu: pensar mais um pouco. Convencido, fez a barba, colocou sua melhor roupa, perfume e foi. A sensação era como a de um Cheff de cozinha ao reencontrar aquele Ingrediente especial, que ele tanto gostava. E gosta. Bom o exemplo?

O Ingrediente, no caso, não era uma cebola; embora já o fizesse chorar. Tão pouco uma maçã, embora já o fizesse suspirar. Nem ele mesmo saberia definir.

O restaurante estava vazio. Como se alguma diferença isso fizesse, sorriu. Sentiu-se bem. Aquela sensação de não saber onde pôr as mãos diminuiu. As mãos nem suaram tanto. Isso não significa que o sentimento tenha terminado. Era a sensação de ter amadurecido que o alegrava. Reparou em um detalhe prateado, minúsculo, insignificante para muitos. Ele entendera que "seu" Ingrediente possuía uma nova embalagem.

- Bom te ver!, finalizou. E foi pra casa feliz, aceitando, como nunca antes, que "seu" Ingrediente hoje saboreia a vida de outro Mestre Cuca. E a vida segue!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ledo engano!

As pessoas tem a equivocada impressão de que o publicitário, especialmente o profissional de criação, é aquele tipo de pessoa que fica sem fazer nada o dia inteiro. Jogando conversa fora. Com os pés sobre a mesa. Esperando a grande idéia surgir em um momento de inspiração. Ledo engano!

Esquecem-se que por trás de uma bela arte, existe toda uma pesquisa, um estudo, e muita, mas muita discussão. No bom sentido, é claro.

Sabe aquele ponto de exclamação no final da frase? Ele deve ter dado muito trabalho ao redator. Alguns profissionais queriam apenas o ponto simples, alegando ser menos ofensivo. Outros sentiram a necessidade de causar impacto, justificando a exclamação.

E aquela imagem perdida no canto do anúncio? Pode ter sido pensada justamente para captar a atenção dos mais detalhistas. Quem sabe estes sejam o público-alvo da campanha!?

No primeiro semestre da Faculdade, como de costume, conversava com um professor no final das aulas. Contava sobre um comercial veiculado na TV que eu achei idiota. Porém, tratava-se de um grande anunciante. Ele sorriu e respondeu: "- Eu também achei! Mas será que nós somos o público-alvo desse produto?"

É comum, no entanto, sermos chamados para decidir o local de um móvel novo. Afinal, somos publicitários. E publicitários, resumem-se à criatividade. Temos idéias na ponta da língua para tudo. E para ontem, claro!

Ah, sem contar a errônea idéia de que todo publicitário trabalha na criação. Tudo bem que se você chegar em uma sala de aula do primeiro ao terceiro semestre, 90% da turma vai dizer que sim. Mas no decorrer do curso, eles descobrem que existe o atendimento, o mídia, o redator, o planejamento...

sábado, 24 de janeiro de 2009

Quando apenas um rostinho bonito não basta.

Não tem jeito! Por natureza, temos o costume de idealizar. Principalmente, pessoas. Atribuímos facilmente beleza à perfeição. Consideramos de boa qualidade, um produto de boa embalagem. Obrigado! Nós, publicitários, agradecemos. Vivemos disso.

Você chega numa festa, olha aquela pessoa linda e logo imagina apresentando pra mãe e amigos. Ok, alguns pensam direto e somente em ir pra cama, para depois então, contar aos amigos como foi. Mas quando você conhece melhor a "perfeição", logo sente falta de um conteúdo. De neurônios.

Esses dias perguntaram qual o meu tipo de mulher favorito. Mulher inteligente, respondi de imediato. Então, pediram para definir. Impossível, afirmei. Existem vários tipos de inteligência. Não falo de mulher poliglota, com doutorado ou que explique, na íntegra, o Código do Consumidor. Falo de mulher bem informada, ou ao menos interessada, agradável, simpática e, principalmente, que se valorize.

Isso independe de classe social, idade, nível de instrução, etc. Acho que a pessoa já nasce assim. Com ou sem. Família e amizades influenciam. Ajudam ou pioram.


Mas que um rostinho bonito é tentador...isso eu não posso negar!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Marley and Me


A capacidade de nos fazer esquecer dos problemas e do mundo real que o cinema proporciona é fantástico. Assisti Marley e Eu. Chorei. Como é boa a sensação de entrar para dentro da telona. Fazer parte do filme. Fiz força para evitar, mas a lágrima insistiu em percorrer o meu rosto.


Por outro lado, não menos incrível é a exigência que passamos a ter em relação aos filmes, depois que estudamos algo sobre cinema. No semestre que passou, tive a disciplina "Cinema e Publicidade". A partir de então, para um filme me surpreender, tem que ser bom.


Não foi o caso de Marley e Eu. Cinematograficamente ele não me deixou com o queixo caído em momento algum. Aliás, por várias vezes eu imaginava o que aconteceria na cena seguinte. E acertava. Porém, existem outros meios de o cinema nos surpreender. E os melhores são nos fazendo rir ou chorar. Ou quando nos identificamos com a história ou algum personagem específico. Agora sim, o caso de Marley.


Tudo bem que a simples presença da Jennifer Aniston já vale o ingresso. Mas algo além disso precisa ser feito para nos manter concentrados e interessados.


Enfim, Marley e Eu me surpreendeu. E como diria o personagem do mesmo, John, "essa é a minha especialidade"!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Classificação livre!

Além de Big Brother e A Favorita, brasileiro gosta também de classificar pessoas. Livrar-se dos rótulos é um tanto difícil.

Sim, os homens separam as mulheres em "pra namorar" e "pra pegar".

"Bah, aquela ali é pra casar!"; ou "Tá louco! Essa 'mina' é só pra curtir!"

Entender as mulheres não é tarefa fácil. Mas isso se torna menos impossível quando convivemos um pouco com elas. Reparando nos comentários de amigas (sim, sou muito atento), nota-se:

"É, até que ele é bonitinho..."; ou "Ah, ele é simpático..."; tem também "Nossa! Lindo!"; ou "Bah, muito feio!"

Bonitinho seria: "interessante. Bonito, mas nada demais"?
Simpático seria: "papo bom. Pegável"?

O certo é que existe uma escala. Inicia em "muito feio", passa por "feio", "simpático", "meia boca", "bonitinho", "interessante" e, finalmente, "lindo".

E o querido? Bah, o querido engana muito. Pra mim, é mais ou menos: sou legal, não estou te dando mole.


Mas tudo bem. Quem contenta-se somente com embalagens, deve mesmo se preocupar com os rótulos...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Help!

O que seria dos Beatles sem Brian Epstein?

Embora não tenha estudado Publicidade e Propaganda, Marketing ou algo do gênero, o chamado "Quinto Elemento" da banda inglesa foi fundamental para o sucesso da mesma.

Em entrevista à Revista Rolling Stone, John Lennon revela que a história dos músicos pode ser dividida em "antes-Brian" e "pós-Brian". O empresário substituiu as jaquetas de couro e jeans por ternos impecáveis; proibiu a banda de fumar e consumir bebidas alcólicas durante os shows. Parar uma música no meio e/ou falar palavrões, jamais.

Trocando em miúdos, Beatles antes de uma pessoa com visão estratégica era uma boa banda como qualquer outra, sem nenhum diferencial (não entrando no mérito talento musical). Imaginemos a Banda Cachorro Grande, para ilustrar. Já Beatles pós Epstein... bom, acho que o mundo todo sabe o resultado.


Por isso sou tão louco por essa arte de marketing, estratégia, planejamento e persuasão.
Obrigado por me ler!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dois mil inove

Foi um novo ano novo. Dizem que faz bem entrar de branco. Eu não acredito muito. Mas entrei. Ah, e de cueca vermelha! Embora esta não seja um cor que me agrade muito, minha mãe disse que é a cor de 2009. Tomara que não seja no futebol...



Considero-me um tanto supersticioso. Ou seria esperançoso?



Nessa virada presenciei uma cena lamentável: adolescentes (provavelmente drogados) chutando a sinaleira de um carro que passava no meio da rua. O motivo era banal. Provavelmente relacionado à mulher. Fiquei observando mais um tempo, em meio a multidão que comemorava o novo ano. O mais chocante era a procura por confusão. A necessidade de causar uma, eu diria.



Coinscidentemente ou não, eles não estavam de branco.



As notícias pós-feriado não animam. Mortes, mortes, mortes. Teriam essas pessoas vestido branco na virada? Se sim ou se não, que diferença faz? Como se a cor da roupa definisse o nosso destino.



Viu, eu sabia que você não era tão supersticioso(a) também. Somos esperançosos. Torcemos para que a cor de nossa roupa transmita aos outros o nosso desejo de paz, alegria, harmonia, amor, etc.



Espero que você tenha tudo isso e muito mais em 2009!