quarta-feira, 10 de junho de 2009

Bebida Alcoólica na Propaganda: contra ou a favor?

Fiz um trabalho para a disciplina de Sociologia na faculdade e achei interessante trazer essa discussão para o blog. O assunto é bebida alcoólica na publicidade.

Polêmico, eu sei.

Existem dois movimentos: o da população em geral, baseando-se nos males e nas consequências sociais que a bebida proporciona; e o da indústria e empresas de comunicação, que por motivos óbvios, defendem a "liberdade de expressão na propaganda".

O primeiro é muitas vezes organizado. No âmbito nacional, existe o Propaganda Sem Bebida que é fortíssimo, influente e já arrecadou milhares de assinaturas para um abaixo assinado. Aqui, no Rio Grande do Sul e mais especificamente na questão trânsito, existe a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga - Vida Urgente, que luta contra a mistura bebida alcoólica e direção.

O segundo não precisa nem se organizar para ser influente. Quem tem dinheiro tem poder. Para termos uma ideia, em 2007 a indústria de cerveja teve um faturamento bruto de R$ 26 bilhões. Portanto, tirar pedido de urgência em leis que proibem ou diminuem a publicidade desse tipo de produto é fácil para essas indústrias.

A principal Lei é a 9.294, de 1996. A também conhecida como Lei Murad, dizia que bebida alcoólica era apenas aquela que continha mais de 13 Gay Lussac de álcool, o que exclui cervejas e vinhos. A principal restrição era a redução do tempo das propagandas na televisão e no rádio, e a definição de um horário das 21h às 6h. Outras Leis e Projetos de Leis surgiram, mas nada que alterasse tanto o contexto.

Agora pergunto o seguinte: fazendo um paralelo com as drogas como maconha, cocaína e crack, que causam estragos iguais ou maiores que as bebidas alcoólicas para a sociedade e não possuem publicidade, será que a extinção da bebida alcoólica na propaganda resolveria o problema? O consumo de drogas no Brasil cresce a cada dia sem propaganda. Apóio sim algumas restrições, principalmente quanto a horário, pensando nas crianças. Mas acho a extinção um exagero.


Os dados estão aí. Agora é com você. Qual a sua opinião?



Fonte: http://www.idec.org.br/emacao.asp?id=1480