terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu, Robô

Os últimos posts e seus respectivos comentários me fizeram lembrar de uma aula de Planejamento, na qual a professora, que trabalha no Wall Mart, mencionou o seguinte exemplo:

Com o intuito de descobrir o motivo pelo qual a cerveja Kaiser sofre de um grande preconceito por parte dos brasileiros e não vende de jeito nenhum nos supermercados, foi realizado um teste-cego, no qual algumas pessoas desgustaram várias marcas de cervejas sem olhar o rótulo.

Antes de saborearem as bebidas, todos responderam que o pior sabor era o da Kaiser.
Após o teste, adivinhem qual a marca que recebeu mais elogios em relação a sabor? Sim, a Kaiser.

Os participantes não acreditavam e diziam que os organizadores tinham trocado as embalagens. Na verdade, temos dificuldades em admitir certas coisas. Essa pesquisa, inclusive, foi usada pela Ambev em comercial de TV por um tempo, mas não adiantou muitas coisa. Nada é maior que o orgulho brasileiro.

E isso serve pra tudo. Ainda falando de música, se mostrarmos um novo som da banda Oasis e dissermos que é uma música dos Beatles, todo mundo vai achar o máximo. Porém se dissermos que é uma música do Oasis, alguns vão gostar, outros mais ou menos e a maioria vai dizer que é um lixo.

Nascemos programados. Desde pequenos nos ensinam que Beatles é o máximo, que Pelé é rei, que Xuxa é rainha...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Música Universitária

Quer elitizar um estilo musical marcado pelo preconceito? Simples: "universitalize-o"!

Não se trata de uma crítica, mas sim um comentário sobre um fato interessante que vem acontecendo há alguns anos.

Existe o pagode, e o pagode universitário. Existe o forró, e o forró universitário. A moda agora, é o sertanejo. O universitário.

Sempre existirão os entendidos que darão uma teórica explicação sobre a diferença entre um e outro. Mas na prática, não existe. É estratégia de marketing. De quem? Não sei, talvez das gravadoras.

Talvez o termo escolhido - universitário - seja claramente a proposta da estratégia, que é levar esses estilos considerados populares e muitas vezes bregas, até ambientes mais seletos. E quer ambiente mais "seleto" que Universidades?! Se for particular então...

Friamente falando, esses estilos possuem um enorme público. Porém, não geram receita. O público, na maioria das vezes, é pobre. Não consome. Não compra CD original. Não frequenta festas caras.

Quem faz isso? O público universitário!

domingo, 19 de abril de 2009

Música boa sem rótulos

Dias atrás entrei em uma comunidade do Orkut chamada "Música boa sem rótulos". Se tem uma coisa que me incomoda é julgar algum estilo musical.

Legal que alguém estuda música, ou pesquisa e interessa-se bastante, e até tem "argumentos" para criticar e comparar, mas eu acho isso uma bobagem. Puro preconceito.

Considero-me bastante eclético, mas obviamente tem estilos ou sons que eu não gosto. Mas respeito. Alguém deve gostar.

E outra, cada momento pede um estilo diferente. Surf music, MPB e rock, por exemplo, cai bem quando estou em casa. Soul, folk, samba rock e pop, curto muito no meu mp4 quando estou indo pra aula ou qualquer outro lugar. Pra dançar, forró, pagode, salsa ou gafieira são boas pedidas. Noite forte pra curtir com os amigos? Música eletrônica e por que não, funk.

Perdoem-me os entendidos, mas não vejo diferenças gritantes entre Beatles e Oasis, Rolling Stones e Cachorro Grande, Bob Dylan e Mallu Magalhães, pra citar alguns exemplos.

As diferenças, assumam ou não, estão dentro das nossas cabeças!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Liberdade de Imprensa

Aconteceu nos dias 6 e 7, em Porto Alegre, o 22° Fórum da Liberdade, com o tema "A Cultura da Liberdade". Primeiramente gostaria de agradecer ao meu professor Ilton Teitelbaum pela a oportunidade de participar deste espaço de discussão de ideias.

No último post, escrito há mais ou menos uma semana, falei sobre a liberdade de expressão (ou a falta dela) no Jornalismo e gerou polêmica.

Eis que durante o Fórum, no painel "Liberdade de Etnias", um dos palestrantes, Frei David Raimundo Santos, citou um exemplo que ilustra a minha opinião:

Certa vez, contou ele, foi contatado por um jornalista da Revista Veja para falar sobre diferenças étnicas e o sistema de distribuição de cotas para negros e índios em Universidades, Concursos Públicos e Empresas Privadas. Alguns dias após ceder TRÊS HORAS ao jornalista, Frei David abriu a revista que trazia o assunto em sua capa e em mais OITO PÁGINAS no interior da mesma, quando para sua surpresa, não tinha UMA LINHA do que ele tinha falado.

O motivo, segundo ele, é simples: o que ele falou não era de interesse comercial da revista. O jornalista provavelmente foi proibido de publicar o conteúdo que obteve em três horas.

Frei David Raimundo Santos é, dentre outras qualificações, mestrando em Teologia Litúrgica com ênfase em Inculturação e fundador da Educafro – Educação e Cidadania de Afrodescendetes e Carentes.

Na sequência trarei mais assuntos abordados no Evento, o qual achei bem interessante e produtivo.


Bom início de semana!